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Patagônia com filhos

Conteúdo atualizado em 13 de setembro de 2023

Conteúdo atualizado em 13 de setembro de 2023

Essa viagem para a Patagônia com os filhos foi feita na correria… gosto de planejar, pesquisar, agendar, etc… Mas essa foi fechada uma semana antes do embarque. E tudo bem, deu tudo certo e foi ótimo.

O que fazer na Patagônia

Dia 1

Nosso voo era bem cedinho de Guarulhos (7h), mas a melhor opção para que não precisássemos trocar de aeroporto em Buenos Aires ou passarmos muitas horas lá. Chegamos a Buenos Aires às 10h, fizemos a aduana, trocamos de terminal (precisamos pegar as malas, despachá-las novamente no outro terminal que fica a uns 8 minutos de caminhada), e embarcamos para El Calafate às 12h. Bem corrido, mas deu tudo certo.

Desembarcamos em El Calafate as 15h30, tínhamos um transfer nos aguardando e fomos para o Kau Yatún Hotel Boutique (cerca de 20’). Um hotel charmoso e bem rústico.

As crianças aproveitaram a banheira enquanto arrumávamos tudo.

Fomos caminhando até o centro, demos uma volta, passamos no mercado La Anônima (gosto de comprar água, alguns petiscos, suco, vinho, queijo) e paramos para jantar na tradicional e “sofisticada” La Tablita para comer o cordeiro patagônico. Restaurante bem cheio, o ideal é reservar ou chegar às 19h quando abre. Achamos a comida ok… não é ruim, mas um pouco aquém pelo que cobram.

Na saída tem uma praça com parquinho e as crianças ainda tiveram pique para brincar um pouco.

Dia 2

Após o café, o transfer veio nos buscar às 9h para nosso passeio pelo Parque Nacional Los Glaciares. A viagem dura cerca de 1h30 até o parque, com belas paisagens do Lago Argentino e da Cordilheira dos Andes, e uma guia explicando sobre os locais, vegetação, animais, clima, etc.

Embarcamos no catamarã para nosso Safari Náutico com navegação em frente ao Glaciar Perito Moreno. Em 15’ nos aproximamos a cerca de 300 metros do Glaciar que é simplesmente incrível e emocionante.

Obviamente a temperatura é bem baixa fora do barco, mas bem suportável. Eles “pescam” alguns pedaços de gelo para as pessoas tocarem e tirarem fotos. Para quem gosta, vale levar numa garrafinha seu uísque preferido e tomar com esses pedaços de gelo, nós nem lembramos disso…Dura 1 hora o passeio.

Na volta, subimos até as passarelas onde tem uma lanchonete com alguns lanches, saladas, empanadas e bebidas quentes e geladas. Como havíamos levado um lanche, só complementamos a refeição com uma salada, empanhadas e batatinhas para as crianças, e pudemos aquecer nossos lanches.

Daí seguimos caminhando cerca de 40’ pelas passarelas que oferecem vistas panorâmicas de outros pontos do Glaciar.

Podemos inclusive avistar um descolamento, evento comum onde pequenos e grandes pedaços de gelo caem nas águas causando um grande barulho como um trovão e uma onda.

Acabamos o passeio as 15h e chegamos no hotel as 16h30.

Como precisávamos trocar pesos e lá anoitece bem tarde, voltamos a cidade e ainda jantamos por lá no restaurante La Lechuzita ( Avenida Del Libertador 1222), com comida razoável, uma massinha para as crianças e tem um brinquedão onde eles puderam se divertir.

Dia 3

Dia livre. Acordamos mais tarde, tomamos o café tranquilamente e fomos caminhando até a cidade. A principal e única rua é bem pequena com algumas lojas de souvenires, artigos de artesanato local e roupas de frio.

Uma loja interessante de vinhos Uco Wine Shop (fica próximo à Iglesia Santa Teresita del Niño Jesús), não poderia faltar rs… onde encontramos rótulos locais com bons preços.

Almoçamos no restaurante Isabel Cucina el Disco que além de ter boas opções para as crianças, tem uma sala com alguns brinquedos que as crianças se entreterem um pouco, e tem pratos compartilhamos “em discos” que parecem um ensopado, bem saborosos.

Passamos no Bar de Gelo Branca Polarbar com -11 graus. Apesar da roupa, a Hellena não conseguiu ficar 10’. Já o Victor super curtiu tirar fotos, beber no copo de gelo, e passar muito frio.

Passamos na doceira Ovejitas com saborosos chocolates e itens com calafate que é a frutinha típica da região (geleia, licor, alfajor). Voltamos caminhando e jantamos no próprio hotel, o que não recomendo, pois, além de não ter muitas opções, nada do que pedimos estava bom (hambúrguer, pizza, massa, sopa).

Dia 4

Chegada em Ushuaia as 10h após cerca de 1h de voo vindo de El Calafate. Tínhamos um guia nos aguardando (Giacomo) e já fomos para o hotel Los Acebos. O hotel fica no alto da montanha, cerca de 10’ do centro, mas com uma vista espetacular. Essas são basicamente as opções de hospedagem, ou no centro, ou um pouco mais distante com a melhor vista.

Como o checkin só poderia ser as 15h, deixamos as malas e fomos almoçar no restaurante Chiko. Um restaurante chileno, não tão conhecido pelos turistas, com ótima comida, desde a massa para as crianças até a famosa centoia.

Caminhamos pelo rua San Martin, onde tem várias lojas com roupas, souvenires, cafés e restaurantes. Passamos no mercado La Anônima (para nos abastecer de água, petiscos, vinho etc) no final da rua e voltamos ao hotel de taxi (que é super fácil de pegar).

Entramos no quarto, as crianças aproveitaram a banheira enquanto arrumávamos tudo.

Depois fomos conhecer o hotel, ficamos no salão de jogos brincando e jantamos no próprio hotel.

Dia 5

Passeio de catamarã pelo Canal Beagle com duração de 2 horas. Passamos por três ilhas com vista para os cormorones (pássaros preto e branco que quando vistos de longe até se parecem com pinguins), vista para os lobos-marinhos e para o farol Les Esclaireurs. E uma quarta parada que da direito a descida e pequena caminhada de 10-15 minutos numa ilha com uma bela vista para a cidade e os montes.

Barco com dois andares, bem quentinho, equipado com uma pequena lanchonete e banheiros

Voltamos ao Porto e almoçamos no Armazém Ramos Generales. Um boteco que parece um Museo com objetos bem antigos e boa comida. Improvisaram uma pasta para a Hellena e nós comemos salmão, empanadas, salada, sobremesas e um gostoso chá.

Nos buscaram no restaurante e seguimos às 14h para o Parque Nacional Tierra del Fuego que fica 20’ do centro. Embarcamos no Trem do Fim do Mundo.

Um passeio interessante e divertido para as crianças, pois os funcionários são caracterizados inclusive de prisioneiros.

Uma primeira parada na Cascada Macarena onde pode comprar a foto tirada no embarque com o prisioneiro.

Segunda parada dentro do Parque Nacional, onde nossa guia nos aguardava com a Van para seguirmos o passeio pelo parque conhecendo desde as principais espécies de árvores, flores, algumas aves selvagens, castores, principais lagos e rios, e um ponto interessante para as crianças é o Posto de correio, que é fica na extremidade do continente.

Escrevi um postal para enviar para casa e o simpático funcionário que nos atendeu, colocou diversos carimbos, tirou foto e ainda não nos cobrou nada, como um presente. As crianças ainda brincaram um pouco na beira da água procurando pedrinhas coloridas e as jogando na água.

Última parada no fim do mundo mesmo, no baía Lapataia. De onde consegue-se avistar o Canal Beagle e onde termina a Rota 3.

Paramos num café com comidinhas e banheiro e após 4 horas de passeio, voltamos ao hotel para descansar.

Dia 6

Acordamos e tomamos café de forma tranquila, visto que não tínhamos nada agendado para o período da manhã.

Uma coisa interessante é que o hotel possui uma programação de entretenimento tanto para adulto como para as crianças, vale a pena consultar. Então tomamos um táxi até a cidade e demos uma volta pelo centro. Ao final passamos no mercado La Anônima para garantir um lanchinho para a tarde e para o dia seguinte de voo de volta.

Almoçamos ao lado no El Mercado com ótimas opções muito bem servidas para serem compartilhadas.

Voltamos para o hotel para ajeitarmos tudo para o passeio da Pinguinera.

Um Remis (opção mais barata que os táxis convencionais) veio nos buscar, nos deixou no Porto Baía de Ushuaia onde demos entrada na “lojinha” da Piratur e pegamos os ingressos no ônibus.

Dica: é imprescindível a reserva antecipada para esse passeio, pois a ilha tem um limite diário de visitantes.

O trajeto até a estância de Haberton dura cerca de 1h30 de ônibus de viagem e a guia foi nos dando diversas informações sobre a cidade e pontos que passávamos como as estações de inverno por exemplo.

Ao chegarmos nos dividimos em dois grupos. Um que começou pelo minúsculo museu Acatushún que tem as ossadas de alguns animais marinhos, principalmente mamíferos. Passamos pela casa de chá, um charmoso local com deliciosos bolos, café e chás caseiros.

Então embarcamos num bote para seguir para a ilha Martillo. Importante: ir bem agasalhado com luvas, gorros pois é bem frio.

Chegamos a ilha e fizemos a caminhada com os pinguins. O passeio é incrível, simplesmente inesquecível e vale muito a pena. Ver de pertinho esses animais fofos, com seus hábitos, construindo ninhos, alimentando seus filhos, cuidando dos ovos contra os pássaros predadores… foi uma experiência única tanto para nós adultos como para as crianças.

E para voltar o simpático “comandante” ainda deixou o Victor navegar um pouco.

Voltamos ao ônibus e mais 1h30 de retorno até o porto, de onde seguimos para o hotel para arrumar as malas, jantar com um bom vinho, brincar com os jogos de tabuleiro com as crianças e descansar para o dia seguinte retornar..

Conclusão da Patagônia com filhos

Talvez um dia a mais em Ushuaia seria bem aproveitado para outros passeios como a Castonera, um passeio pelo gelo, um passeio de helicóptero ou um descanso maior. E também seja uma opção no período de inverno, para aproveitar as estações de esqui, que costumam ser bem mais tranquilas e baratas do que Bariloche.

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