Conteúdo atualizado em 8 de dezembro de 2021
Incluímos o Morro de São Paulo na road trip com a família. Existem, basicamente, quatro opções para chegar no Morro de São Paulo:
Como chegar – Morro de São Paulo
1- Fretando um táxi aéreo exclusivo pela bagatela de 8.000 reais (privativo) e chegando em 20 minutos. Ou 4.500 reais por pessoa, compartilhado de 6 a 8 passageiros.
2- Partindo de Salvador num catamarã, numa viagem de 2h30, mas dizem que enjoa bastante (depende de pessoa para pessoa). Lembrando que os barcos só saem se o tempo estiver bom.
3- Indo até Atracadouro Bom Jardim (próximo à Valença), que pode ser de duas formas: partindo de Salvador de balsa até Itaparica (1 hora) e pegando a estrada até Valença (mais 2 horas). Ou indo de carro até Valença (3 horas de carro).
4- Chegando no Atracadouro Bom Jardim você também terá 3 opções: barco de 30 minutos à 12 reais por pessoa, ou de lancha rápida de 10 minutos à 20 reais por pessoa (cerca de 12 pessoas), ou ainda, lancha exclusiva de 10 minutos 200 reais (para até 6 pessoas).
O que fazer no Morro de São Paulo com família
Dia 1
Chegando no Morro de São Paulo com a família, nos deparamos com uma enorme rampa para acessar a cidade. Ali mesmo você será certamente abordado por um dos carregadores oficias. São homens com seus carrinhos de mão que levam sua bagagem até seu hotel/pousada/casa e cobram cerca de 10 a 15 reais por mala. Dependendo de onde estiver hospedado, vale o investimento.
Passada a primeira subida você deverá entrar num prédio à esquerda e pagar a taxa de 20 reais por adulto e 10 reais por criança, de preservação e acesso ao Morro. E, aí sim, pode encarar a segunda, mais íngreme, rampa da cidade. Chega-se na praça principal e segue seu caminho.
Como a viagem requer muitos deslocamentos, vale a pena otimizar ao máximo sua mala, priorizando mochilas fáceis de carregar.
Nós ainda andamos por mais 15 minutos até a escadaria enorme que dava acesso à nossa casa alugada pelo Airbnb. Como estávamos na Road Trip optamos pela casa, mas existem diversos hotéis bem charmosos de todos os tipos e valores espalhados por Morro de São Paulo, dê uma olha aqui.
Booking.comNos instalamos e descemos para jantar.
Escolhemos o restaurante Casarão para jantar, que, além de ser próximo do nosso caminho, tinha um menu bem diversificado. (massas, pizza, peixes, comida japonesa, lanches, etc). Optamos por comer japonês, pois as crianças estavam morrendo de vontade.
Na volta já passei no mercadinho para abastecer nossa casa.
Dia 2
Dia inteiro de chuva!!! A casa não tem piscina nem TV, com uma proposta mais roots mesmo. Então, imaginem como foi fácil passar a manhã com as crianças em casa. Mas, com muita criatividade e paciência, sobrevivemos.
A chuva deu uma trégua e descemos para almoçar. Escolhemos o restaurante Casa da Vila. Comida ok, apesar de a nossa picanha estar dura. Caminhamos pelo centro com diversos restaurantes, lojinhas, sorveterias… fomos dar uma olhada nas praias e andamos pela 1ª e 2ª Praia.
Subimos e passamos a noite em casa.
Dia 3
O sol apareceu e já fomos cedo para a praia. Como não há carro na ilha, prepare-se para caminhar bastante. Tudo é transportado em carrinhos de mão (mantimentos, malas, bebidas, materiais de construção…). Também vimos alguns burros carregados, os policiais com motos e um pequeno carrinho de ambulância.
Dito isto, caminhamos por cerca de 30 – 40 minutos, pois saímos de casa, atravessamos o centro, passamos pela 1.ª Praia que é pequena e bem cheia. Pela 2.ª Praia que é cheia de restaurantes com o pé na areia, com bastante agitação. Pela 3.ª Praia que tem alguns restaurantes, hotéis e vai ficando mais vazia. E nos instalamos na 4.ª Praia, com algumas barracas de praia, mas bem mais tranquila que as outras. Não chegamos a ir, mas a 5.ª Praia é ainda mais vazia e tranquila.
Petiscamos algumas coisas no Restaurante Basílico e as crianças aproveitaram a maré descer para brincar nas piscinas naturais que se formam. Fomos voltando à tarde e paramos para “almojantar” no restaurante Minha Louca Paixão. Comida deliciosa e bem servida. Compartilhamos uma salada e dois pratos (macarrão com camarões e filé com molho de cerveja).
Voltamos para casa a tempo de aproveitar o pôr do sol incrível!!!
Dia 4
Acordamos e estava chovendo, daí abriu o tempo, choveu de novo, e abriu novamente rsss… tomamos coragem e saímos assim mesmo.
Subimos até o Mirante do Farol (15 minutos andando) para conhecer a tirolesa. É a maior tirolesa do mundo de queda na água, com 57 metros de altura e uma distância de 340 metros, partindo do Mirante do Farol e chegando à 1.ª Praia, em 20 segundos.
Nós só admiramos a vista mesmo, não tivemos coragem de descer…
Passeio de barco pelas praias
Voltamos pela trilha e paramos no Porto. Como a previsão do tempo não era das melhores para a semana e estava bem instável, acabei não fechando antecipadamente nenhum passeio. Mas vi que existem alguns passeios que dão a volta na ilha que duram o dia inteiro (9h – 17h) e fica R$180,00 por pessoa (valor tabelado pela prefeitura). Voltamos pela trilha e paramos no Porto. Como a previsão do tempo não era das melhores para a semana e estava bem instável, acabei não fechando antecipadamente nenhum passeio. Mas vi que existem alguns passeios que dão a volta na ilha que duram o dia inteiro (9h – 17h) e fica R$180,00 por pessoa (valor tabelado pela prefeitura). Existem vários pontos de vendas espalhados pela cidade. Duram o dia todo (9h-17h) e fica R$180,00 por pessoa (valor tabelado pela prefeitura). Ou se preferir fretar uma lancha, fica R$1500,00.
Também é possível conhecer algumas praias de carro 4×4 (R$850,00 privativo).
Enfim, voltando para nosso dia, após descermos caminhando da tirolesa, encontramos no porto um barqueiro (ficam vários oferecendo passeios) para nos levar até Praia de Gamboa (R$10,00 por pessoa) cada trecho. Já no barco, negociei com ele um passeio mais curto, durante a manhã toda por R$100,00.
Começamos pela Praia do Curral, que foi por onde chegou o gado no Brasil. Caminhamos pela praia, avistamos golfinhos, conversamos com pescadores, vimos água viva, siri “grávida” e muitas conchinhas. A praia não tinha estrutura de barraca, então vale a pena levar sua garrafinha de água.
De lá fomos até o banco de areia que se forma no meio do mar. Seguimos para a Praia de Gamboa que possui uma ampla oferta de restaurantes de praia com cadeiras e guarda-sol.
E, por fim, paramos na parte da Gamboa com argila. A maré estava alta, então não conseguimos ir até os “bancos” de argila que se formam, mas cavamos o paredão, colocamos argila num pouco de água e fizemos nossa própria argila. Como o mar não estava tão quente, não passamos a argila no corpo inteiro , somente nas pernas (pois teríamos que enxaguar depois). Voltamos ao Porto e tivemos a grata surpresa ao cruzar com muitos golfinhos ali perto! Emocionante!
Subimos as rampas e fomos almoçar na 2.ª Praia, no restaurante Sambass. Comida bem gostosa e bem servida. Ao lado fica um carrinho com sorvete preparado na hora numa chapa gelada. Uma delícia!
Passamos o restante da tarde ali. A 2.ª Praia é mais agitada, com vários restaurantes, muitas cadeiras e guarda-sol. Para quem curte, é um prato cheio.
Subimos para casa e, no caminho, paramos para comprar pão fresco e quente no Taca Le Pao, deliciosos! Uma das vantagens de se hospedar em casa é poder viver e provar um pouco da vida dos nativos.
Contemplamos o dia com um lindo pôr do sol!!!
Mais tarde descemos para ver o centro à noite. A pracinha e as ruas ficam bem movimentadas, clima bem gostoso. Jantamos na Osteria Barolo, que além da massa deliciosa, tem um simpático dono italiano, Frederico. Ele apresentou todo o cardápio ao vivo e nos contou várias histórias. Vale muito a pena conhecer.
Dia 5
Hoje choveu a manhã inteira, então as crianças ficaram de boa brincando e assistindo desenhos. Saímos para almoçar e fomos ao restaurante Papoula. Uma grata surpresa de comida fresca, caseira, deliciosa e com precinho camarada! Foi indicação de uma vendedora de trufas paulistana que conhecemos na praia. Adoro receber essas indicações dos moradores, assim fugimos um pouco dos restaurantes turísticos e provamos as melhores comidas regionais.
Passamos na lavanderia para deixar as roupas. Achei super prática: você passa o cartão e a máquina de lavar é liberada (25 reais) e se quiser secar, passa novamente o cartão (mais 25 reais) e a secadora é liberada. Daí a moça coloca as roupas para lavar e depois para secar. E em 1h30 você tem suas roupas limpas, secas e cheirosas! Foi perfeito!!!
Como o tempo estava bem instável, andamos pelas lojinhas na rua principal para comprar um presente de Dia dos Pais, paramos para um sorvete e um café, e a Hellena quis brincar na praça novamente, então nem fomos para a praia hoje.
Subimos para casa, organizamos as roupas e as malas. Jantamos por aqui mesmo e na hora do banho tivemos uma surpresa: a água simplesmente não esquentava. Até falei com o proprietário, mas nada que me ajudasse de forma imediata com o banho das crianças. Então recorri ao velho banho de caneca com água quente do fogão. Aqui fica o ponto de desvantagem de se hospedar em casa: nem sempre os problemas são resolvidos imediatamente, diferente de um hotel, onde existe todo um suporte. Mas… vida que segue e eles adoraram a aventura do banho!
Dia 6
Dia de ir embora. Entregamos as chaves para a funcionária que nos atendeu diariamente e cuida da casa. Ela nos ajudou chamando o marido para vir buscar nossas malas. Descemos até o Porto e pegamos uma lancha rápida até o Atracadouro Bom Jardim (mais 20 reais por pessoa, crianças pagam inteira, só aceitam dinheiro).
Chegamos e pegamos nosso carro que estava estacionando. Encaramos mais 3h30 de estrada e cerca de 200 kms até Ilhéus pela nossa Road Trip.
Conclusão – Morro de São Paulo com família
A decisão de ir para o Morro de São Paulo com a família pode parecer difícil, principalmente por ser uma ilha com acesso de barco. Porém, achei bem organizado e até desenvolvida demais (para o meu gosto). Então você irá encontrar hotéis para todos os bolsos, grande variedade de restaurantes, lojas e boa infraestrutura.
A vantagem é que irá agradar todos os perfis. Quem gosta de agitação e música, ficará satisfeito. Mas quem quer sossego e privacidade também irá encontrar. Também possui passeios bem interessantes para todos os gostos.
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